O que é Terapia no Método Abordagem Direta do Inconsciente?

Estes fatos são descritos e percebidos conscientemente – sem distorções racionalizadas, como códigos existenciais que foram registrados e ficaram gravados no inconsciente humanístico ou intuitivo, exercendo uma forte influência na maneira como esta pessoa sente, interpreta, vivencia e age em outras situações semelhantes ao longo de sua vida.

Cada questão levantada pelo paciente durante o processo terapêutico é trabalhada seguindo uma dinâmica circular e não linear. Inicia-se com a fase diagnóstica, que é realizada por meio de um questionamento específico, que procura objetivar, a partir do fato apreendido e descrito pelo sujeito, o momento particular deste fato (cena), que é percebido como positivo ou como negativo. É a partir destes fatos vividos que o sujeito se posiciona, formulando suas “frases conclusivas” e suas “frases registros” (autoconceitos). A seguir, realiza-se a fase terapêutica, que objetiva uma compreensão mais ampla das situações vividas, possibilitada também pela mesma técnica do questionamento, permitindo a descoberta de novas informações a respeito dos fatos e dos outros envolvidos na questão – autorizando o sujeito a se reposicionar diante do vivido, reformular suas conclusões pessoais, realizando a “decodificação” de seus problemas e sofrimentos. Por fim, reforçam-se os momentos ou as cenas compreendidas pelo sujeito como positivas, com o propósito de motivar e dar um novo sentido para a vida, sustentada sobre os valores e as potencialidades resgatadas pelo próprio sujeito por meio de seu inconsciente intuitivo. Fecha-se o processo circular “testando-se” os resultados, verificando-se a autenticidade e a qualidade do trabalho terapêutico que foi realizado, antes de se continuar o questionamento sobre outra questão. O processo circular, portanto, faz parte da estruturação metodológica da Abordagem Direta do Inconsciente.

Fase preparatória

1) Consulta médica inicial

Todos os candidatos a terapia passam inicialmente por uma consulta médica (clínica), com o objetivo de se conhecer o histórico clínico, o uso de medicamentos, verificando se este está apto ao processo terapêutico.

2) Exercícios Preparatórios para a Terapia (EPT)

Para iniciar a terapia é necessário que o paciente esteja completamente aliviado do desgaste emocional provocado pelo sofrimento, abrindo-se assim para a percepção do inconsciente. Esta condição é possibilitada através de exercícios que compõe a fase preparatória da terapia, denominado de EPT – Exercícios Preparatórios para a Terapia. Este é realizado através de exercícios de concentração focados sobre temas específicos, de forma repetida, com o objetivo de facilitar a realização de certos passos importantes para o momento terapêutico no método Abordagem Direta do Inconsciente, como exercícios de inversão direcional, de auto distanciamento – dentre outros. Esta fase traz benefícios como o fortalecimento do sistema imunológico, a memória, a concentração, a criatividade e o treinamento da capacidade intuitiva.

O EPT se realiza usualmente em 9 (nove) sessões.

3) Visiotron

O Visiontron, como o próprio nome indica, é uma técnica auxiliar da terapia que visa treinar o paciente a visualizar ou perceber conscientemente, o seu inconsciente e descrever as cenas. Tem como base três aspectos fundamentais: o distanciamento, a inversão direcional e a motivação para a cura, em busca de um novo sentido de vida.

O Visiotron é conduzido por um psicólogo e usualmente realizado em 4 (quatro) sessões.

Fase terapêutica – a terapia propriamente dita.

Através da terapia no método Abordagem Direta do Inconsciente é possível atingir rapidamente a raiz primeira da vasta gama de sintomatologia clínica. Perpassam-se, em uma média de 10 sessões, os diversos períodos vitais: a concepção, a fase do útero materno, a infância, a adolescência e fase adulta. Procura-se identificar nestas fases os registros negativos, buscando a elaboração do processo de decodificação dos mesmos.

É o próprio paciente quem realiza sua terapia, o terapeuta não interfere no tratamento, apenas objetiva os fatos através do questionamento tecnicamente orientado, não analisando ou interpretando. Por meio do tratamento em nível intuitivo, é possível trabalhar os registros negativos de base relacionados à percepção de problemas afetivos, principalmente aqueles ligados aos modelos parentais, pais estes que muitas vezes já estão sofrendo eles mesmos a influência de modelos familiares dos seus próprios pais. Cria-se assim, uma cadeia que tende a se repetir para as próximas gerações, mas que também pode ser trabalhada pela terapêutica em questão, ampliando-se assim, os benefícios do processo.

A Terapia de reforço:

Realiza-se ao término do primeiro bloco de terapia (10 sessões) e após um determinado tempo desta primeira etapa. Em função de que há questões que demandam tempo para serem consolidadas. Assim como no reforço o próprio paciente tem uma avaliação do período de intervalo entre a terapia e o reforço; podendo levantar novas questões que precisam serem trabalhadas e aprofundadas.